Por Karime Loureiro, colunista VemTambém
Vinho Verde não é verde e Vinho do Porto não é feito no Porto
O Vinho do Porto é um vinho licoroso , fortificado, produzido exclusivamente a partir de uvas da Região Demarcada do Douro, a cerca de 100 km da cidade do Porto.

Além do clima único em que as uvas crescem e se desenvolvem, a fermentação das uvas não é completa, sendo interrompida dois ou três dias depois do início, pela adição de aguardente vínica neutra com teor alcoólico a por volta dos 77º. Esta combinação torna o Vinho do Porto bastante doce, porque os açúcares das uvas não se transformaram completamente em álcool, e mais forte do que um vinho normal – cerca de 20º de álcool.
O Vinho do Porto, apesar de produzido com uvas do Douro e armazenado nas imensas caves de Vila Nova de Gaia, deve o seu nome à cidade do Porto, a partir de onde foi exportado para todo o mundo, desde o século XVII.

Este néctar português classifica-se em quatro categorias principais: Branco, Ruby, Tawny e, mais recentemente, Rosé. Existem ainda as categorias especiais que podem ser LBV, Reserva, Crusted, Colheita, Vintage ou os Tawnies envelhecidos.
Já a denominação de Origem Vinho Verde
é a denominação tradicional que designa os produtos vitivinícolas originários de uvas provenientes da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, cuja qualidade e carácter único resultam das condições naturais desta região, e cuja vinificação e produção ocorrem no interior da Região Demarcada.

Para beneficiar da Denominação de Origem Vinho Verde, os produtos vitivinícolas estão sujeitos a um controle rigoroso de todas as fases do processo de produção, desde a vinha ao copo. As castas utilizadas, os métodos de vinificação e as características organolépticas são apenas alguns dos elementos cujo controle permite a atribuição desta Denominação de Origem.
A garantia da qualidade e genuinidade dos produtos com Denominação de Origem Vinho Verde é dada pelo Selo de Garantia, o qual teve início em 1959.
Seu estilo é jovial, leve, refrescante e muitas vezes frisante (com algum gás). Suas características vêm do clima e das uvas da região, Dizem que o nome “Verde” tem origem na paisagem verdejante da região. Por seu clima de chuvas abundantes a vegetação do Minho é exuberante, a área de folhas de um único pé de vinha chega a 4 m2, por exemplo.
O nome “Verde”, portanto, não se refere à cor do vinho, que pode ser branco, tinto, rosé ou espumante.
Em Portugal outro erro comum é referir-se aos “Verdes” (vinhos de estilo juvenil) como contraponto ao que popularmente lá se chama de “vinho maduro”, que seriam todos os demais.
Resumindo, ambos os nomes se referem a denominações de origem!
E você, gosta de Vinho do Porto? Gosta dos vinhos verdes?
