Por Valdir Fernandes para a VemTambém, 4ª Edição
Tivemos a oportunidade de estar em um dos lugares mais belos e empolgantes do mundo: a Califórnia. A região que circunda a cidade foi onde mais sentimos semelhanças com o Brasil, desde a animação e alegria do povo até o caos do trânsito, os pedintes nas ruas, construções desordenadas e a sensação de insegurança -, saímos em uma experiência que todo mundo deveria fazer: uma aventura de carro pelo trecho entre Los Angeles e Napa Valley.
No caminho, nos deparamos com lugares de todos os tipos e cada um com sua particularidade. Encontramos praias como Venice Beach, com um movimento frenético, que recebia desde encontros de grupos religiosos, regados a música, dança e muita animação, até esportes das mais diversas naturezas. O que mais nos chamava a atenção eram as pessoas irradiando felicidade.
Durante o percurso, outra de nossas paradas programadas foi nas areias de Malibu, onde arriscamos uma entrada no mar, o que só foi possível até o meio da perna, devido às baixas temperaturas da água. Mas valeu a pena! Sentimo-nos em um dos incontáveis filmes americanos que vimos e que se passavam ali naquele lugar maravilhoso.
A estrada que nos leva ao norte da Califórnia é como se fosse um cenário de cinema. Por todos os lados veem-se lugares paradisíacos. Infelizmente, estávamos fazendo essa viagem com tempo curto e não pudemos parar para aproveitar calma e tranquilamente cada lugar. Aqui ou ali, conseguíamos tomar um sorvete ou comer um peixe em lugares por onde íamos passando.
Chegamos em Santa Barbara exatamente na hora do pôr-do-sol. Uma oportunidade inexplicável e bastante recomendada por todos nós. Sobre o píer, pudemos ver o sol se pondo por trás da cidade, enquanto os golfinhos pulavam no mar.
Passeamos pela localidade, jantamos em um restaurante alemão, tomamos um café em um bar brasileiro com decoração à caráter e entramos em diversas lojas. Passamos cerca de cinco horas rodando de carro vendo as belezas arquitetônicas para depois seguirmos viagem, o que acabou não sendo uma boa ideia, pois só conseguimos um hotel – de baixa qualidade, vale ressaltar – por volta das quatro da manhã. Em todas as pequenas cidades que passávamos, já ao longe avistávamos a placa “No Vacation”. Foi desesperador.
No dia seguinte veio a recompensa: diferentes cenários surgiam à nossa frente, desde ruínas de igrejas de séculos passados até intermináveis plantações de uva. Quanta tranquilidade! Ao chegarmos em Santa Cruz, andando pelo centro, nos deparamos com um quiosque de um brasileiro onde tinha suco de fruit de la passion (o bom e velho maracujá ou, como se diz em Sobral, peroba) e um bom Açaí. Nos esbaldamos naquele lugar.
Em Santa Cruz as pessoas são bastante alternativas. É de lá que vem o skate, por isso existem muitas lojas onde você monta o seu do jeito que você quiser. Nosso filho Samir teve a oportunidade de montar o dele e, claro, ficou super feliz. Aliás, o objetivo de termos entrado em Santa Cruz, foi exatamente esse. Há na saída dessa cidade um mirante, indo pela faixa litorânea é possível ver pedra furada deles e toda orla, que é incrível.
Chegamos já pela noite no hotel que reservamos para passarmos duas noites, já em Napa. Durante os dois dias seguintes visitamos cidades da região produtora de um dos vinhos mais famosos do mundo: o californiano. Para os apreciadores de vinho, o ideal é passar no mínimo cinco dias pela região, pois você vai ter oportunidade de conhecer cidadezinhas fantásticas, bonitas, calmas, bem cuidadas e com uma culinária que dá uma outra fama aos Estados Unidos. Não foi um dos lugares favoritos dos nossos filhos, então, recomendo que seja um destino a dois, não em família.
Saímos de Napa com destino a Las Vegas com uma breve parada em São Francisco (nem tão breve assim, na verdade). Só conseguimos sair de lá tarde da noite. Que pena que não nos programamos para passar ao menos uma noite por lá, pois é um lugar incrível. Quando paramos para conferir o pôr-do-sol, nos deparamos com Alcatraz, a prisão mais famosa do mundo, de onde os irmãos John e Clarence Anglin misteriosamente fugiram e possivelmente chegaram até o Brasil, segundo alguns relatos.
Atravessar a ponte Golden Gate, que é um dos cartões postais mais famosos do mundo, passear pelo bairro chinês ou pelo bairro hippie, jantar no cais… Fizemos muita coisa em pouquíssimo tempo, mas nos prometemos voltar para apreciar da melhor forma cada um desses lugares.
Sou do tipo que prefere a noite ao dia e isso ajuda nessas horas, pois saímos de São Francisco para Las Vegas com paradas apenas para abastecer. E não são trechos curtos pois, precisamos, inclusive, atravessar um deserto… Percurso que durou de 21:30 até às 5:30 da manhã do dia seguinte.
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