Elas são três: as fisioterapeutas Ingrid Sá e Betina Santos e a enfermeira Rebeca Bandeira embarcaram para Manaus no último domingo, 31 de janeiro, a fim de capacitar profissionais da saúde no uso do capacete Elmo. O produto foi desenvolvido no Ceará e tem um mecanismo respiratório não invasivo que ajuda no tratamento de pacientes com Covid-19.
Serão pelo menos 30 profissionais – entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e engenheiros clínicos – dos principais hospitais da capital amazonense que serão treinados. Toda a capacitação será realizada fora de ambiente hospitalar, requisito para que o Elmo integre o tratamento nas unidades de saúde.
Conforme divulgado pelo Governo do Ceará, o capacete Elmo reduz em 60% a necessidade de internação em leitos de UTI.
As pessoas tratadas com o Elmo, no Ceará, para fins da pesquisa tinham entre 37 e 76 anos e possuíam comorbidades. O estudo para avaliação dos pacientes ocorreu nos últimos cinco meses no Hospital Leonardo da Vinci (HLV), unidade requisitada pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) durante a pandemia. Com os testes, foi possível validar as funcionalidades e usabilidade do capacete, bem como sua eficácia no tratamento de insuficiência respiratória causada pelo coronavírus.
Funcionamento
Acomodado ao pescoço do paciente, o Elmo permite ofertar oxigênio a uma pressão definida ao redor da face, sem necessidade de intubação. Dessa forma, a pessoa consegue respirar com auxílio da pressurização e oferta de oxigênio. O sistema possibilita, portanto, a melhora na respiração e pode ser utilizado fora de leitos de UTI.
O equipamento pode ser desinfectado e reutilizado. Outro benefício é o custo inferior em relação aos respiradores mecânicos e a maior segurança para os profissionais de saúde, já que, por ser vedado, não permite a proliferação de partículas de vírus.
Além disso, o equipamento será um legado da pandemia para a saúde e pode tratar outras enfermidades que comprometem o funcionamento dos pulmões, como pneumonia e H1N1. Se o Elmo era o nome do capacete que garantia a proteção dos guerreiros medievais, nos tempos atuais irá proteger e preservar a vida de pacientes na batalha contra a Covid-19.