Por Karime Loureiro, colunista VemTambém
Tecnicamente falando, taninos são polifenóis, isto é, substâncias orgânicas que combinam várias ligações de hidrogênio e oxigênio.
Eles são encontrados principalmente na parte externa de vários tipos de plantas, funcionando como um mecanismo de defesa contra pragas e predadores.
Afinal, como têm sabor amargo, provocam sensação de adstringência, repelindo os ataques de insetos.
Dizer que um vinho é muito tânico geralmente significa que ele é adstringente. Essa explicação faz sentido, concorda? Mas há muito o que se falar sobre taninos!
Mas só encontramos tanino na uva?
Não. Podemos achar taninos em diversas outras plantas, frutas e sementes. As folhas usadas para fazer chá preto, por exemplo, são praticamente puro tanino; você já tomou cha preto bem forte? Se a reposta for sim, você sabe muito bem como é a sensação… Outros alimentos ricos em taninos são: nozes, amêndoas, principalmente na casca, chocolate romã, caqui, maçã…
No quesito saúde, os taninos são excelentes para o nosso organismo, já que possuem propriedades antioxidantes.
Quando falamos de vinho, talvez o mais importante seja saber que os taninos são um elemento estrutural e servem para dar corpo e complexidade ao vinho. Isso porque eles causam um certo choque na nossa boca: beber um gole de vinho tinto causa sensações, de fato, totalmente diferentes de tomar um copo de leite, não é verdade?
Contudo, em grande quantidade , os taninos podem deixar o vinho desagradável, daí a necessidade de “equilibrá-los” ou “amaciá-los”.
(vamos falar mais sobre isso nas próximas colunas).
Uvas com mais taninos:
* Tannat,
* Nebbiolo,
* Cabernet Sauvignon,
* Tempranillo,
* Merlot
* Malbec e
* Syrah.
Uvas com menos taninos:
* Pinot noir,
* Cabernet Franc,
* Grenache