Muito mais que um dia romântico hoje é um dia político, que relembra a luta das mulheres pelo direito de serem quem elas quiserem ser.
Listamos mulheres notáveis do nosso estado, que representam a força e obstinação de todas elas.
Adísia Sá
Nascida em 1929 na cidade de Cariré, Adísia Barros de Sá dedicou-se ao conhecimento. Em uma época em que as mulheres eram educadas para a vida do lar, ela foi uma notável estudiosa. Cursou Filosofia, foi professora da Universidade de Fortaleza, professora titular na Universidade Federal do Ceará, professora de metafísica, assistente do curso de jornalismo e professora titular no Departamento de Comunicação Social e Biblioteconomia. A estudiosa foi ainda a primeira a assumir a função de ombudsman na imprensa nordestina e pioneira ao implantar o curso de jornalismo em Fortaleza, além de ser autora de 13 livros. Adísia é até hoje uma grande referência para todas as mulheres.
Yolanda Queiroz
Uma das cearenses mais conhecidas, a empresária Yolanda Pontes Vidal Queiroz casou-se com Edson Queiroz aos 16 anos e participou assiduamente do crescimento do grupo. Com a morte do esposo, em 1982, ela assumiu a direção das empresas, tornando–as um dos maiores conglomerados empresariais do Brasil. O grupo atua em diversos setores, como distribuição de gás, água mineral e refrigerantes, metalurgia, comunicação, agropecuária, agroindústria e imóveis. Yolanda sempre lembrou a importância dos trabalhos sociais para as empresas cearenses. Ela faleceu em 2016, mas é lembrada com carinho e respeito.
Maria da Penha
Formada em farmácia com mestrado em Parasitologia em Análises Clínicas, Maria da Penha Maia Fernandes é uma mulher que mudou a realidade de todas as outas. A bióloga lutou por 16 anos para condenar seu agressor, o ex-marido que deixou em cadeira de rodas. Para se ter, antes dela, a pena para violência doméstica e familiar era de 6 meses a 1 ano. A pena mínima é reduzida para 3 meses e a máxima aumentada para 3 anos, acrescentando-se mais 1/3 no caso de portadoras de deficiência. Hoje ela é ícone da luta contra a violência doméstica e presidente do Instituto Maria da Penha.
Anália Timbó
A força de bailarina Anália Timbó é constante. Nascida no interior do Ceará, ela veio para capital e se estabeleceu com a família no bairro Vila Velha, quando tudo na região era só mangue. Se apaixonou pelo Ballet e viu como sua vida mudou por meio da dança. Aquilo acendeu nela a vontade de compartilhar conhecimento para transformar vidas e foi assim que fundou a ONG Cia. Vidança, que existe há 40 anos e trabalha linguagens artísticas com crianças, jovens e adulto da Barra do Ceará e do entorno. A ONG de Anália atende 200 pessoas e é responsável por muitas novas histórias. Anália já dançou em Nova Iorque, carregou a tocha das Olimpíadas e construiu novas narrativas para centenas de pessoas ao longo dessas quatro décadas. Recentemente ela se formou na universidade de líderes Falcons University