Por Karime Loureiro, colunista VemTambém
As definições de tábuas de frios foram atualizadas com sucesso!
Para começar, agora elas atendem pelo nome de platters, sendo compostas por diferentes tipos de queijos, embutidos, pães, geleias e tudo mais que a imaginação permitir. A única regra é que todos os alimentos estejam dispostos de forma a facilitar o consumo. Elas podem ser montadas em tábuas de madeira quando a ideia for um simples happy hour em família e até mesas inteiras quando a ocasião necessitar de uma quantidade maior de alimentos, sendo esta última chamada de “grazing table”.
O conceito de “grazing table” surgiu na Austrália e significa, de forma literal, “mesa de pastoreio”; consiste na montagem de uma mesa com comidas dispostas pela superfície, de maneira que os convidados transitem ao redor desta para petiscar. Na Oceania e na América do Norte, esse serviço já é bastante conhecido e apreciado por anfitriões, os quais preferem não se preocupar com a reposição das quantidades ou lavar louças (errados não estão).
Mas vamos ao que interessa: harmonização.
Nada como uma opção democrática para receber pessoas queridas em casa e agradar a todos, não é mesmo? Com uma infinidade de combinações possíveis ao ser montada, as platters são perfeitas para esses momentos!
Com tantos sabores é difícil esperar que uma única uva ou blend seja capaz de harmonizar com todos os itens presentes na tábua. Contudo , algumas dicas gerais podem ajudar na harmonização .
A primeira é a acidez, claro. Nesse caso, vai ser o ponto chave ao escolher os rótulos. Como, de uma maneira geral, as tábuas de frios são compostas por itens mais gordurosos – como queijos e charcutaria; a acidez do vinho é a característica mais importante para equilibrar a degustação.
Aí mais uma vez, contradizendo o que sempre ouvimos, os vinhos brancos são ótimas opções, caso a tábua seja predominantemente feita de embutidos, os taninos dos tintos podem ser mais bem-vindos. Eu, como a embaixadora das borbulhas, não poderia deixar de citar que uma excelente opção para essa infinidade de sabores e textura são os vinhos espumantes, os quais podem ser Brut, Rosé, demi-sec ou até lambrusco (que são frisantes).
Assim como os queijos e os frios, as castanhas assumem protagonismo nas platters, os vinhos que trazem nos aromas notas de castanhas, como é o caso dos espumantes elaborados pelo método tradicional, cairão como uma luva. Como eu sempre falo, na dúvida: ESPUMANTE!
As combinações feitas nas platters podem variar, mas um item nunca pode faltar: queijos! Vou passar algumas harmonizações possíveis:
Queijos de massa mole (Brie ou Camembert)
• Tintos leves (Pinot Noir ou Gamay)
• Sauvignon Blanc e Chenin Blanc
• Espumante Brut de método tradicional
Emmental, Gouda, Gruyère e outros queijos semiduros
• Chardonnay
• Riesling,
• Rosés
• Espumantes demi-sec
• Tintos frutados com taninos médios (Merlot, Grenache, Sangiovesi e Zinfandel)
Parmesão, Grana Padano e outros queijos duros
• Tintos encorpados (Cabernet Sauvignon, alguns italianos clássicos, como Chianti e Barolo, ou alguns franceses da região do Rhône ou de Bordeaux.)
Gorgonzola, Roquefort e outros queijos azuis
• Vinho do Porto, Sauternes ou de um Colheita Tardia
• Tinto e seco mais encorpado, tipo Malbec ou Cabernet Sauvignon
• Espumantes
Lembrando que o melhor vinho é o que você gosta!