Salamanca é uma das poucas cidades espanholas que pode orgulhar-se de possuir duas catedrais. Ao contrário do que sucedeu em muitos outros lugares, em Salamanca a catedral velha não foi derrubada para a construção de uma nova, e convivem harmoniosamente lado a lado.
As construções da nova catedral se deram em decorrência do aumento populacional na cidade e por conta da famosa e requisitada Universidade.
A nova Igreja é dedicada à Assunção de Virgem Maria. Durante o seu processo construtivo, a velha catedral Românica permaneceu aberta, depois de finalizada, decidiu-se que não valia a pena destruí-la.
Por isso, os muros das duas catedrais direito se apoiam: o da nova se apóia sobre o esquerdo da antiga.
Impulsionada pelos reis Católicos, em 1509 se ordena aos arquitetos que haviam trabalhado nos templos de Sevilha e Toledo, que iniciaram um projeto para a nova catedral. Iniciada 4 anos depois, durante o século seguinte as obras permaneceram praticamente paradas, sendo retomadas somente no séc. XVIII, até sua finalização e consagração em 1733.
Nos estilos góticos e barrocos, as duas guardam muitas lendas da cidade de Salamanca, inclusive a de que permanece um astronauta.
A fachada principal está profusamente decorada, em que se destacam os relevos relativos ao nascimento de Cristo. À esquerda, se representa a adoração dos pastores e à direita, os Reis Magos. Na parte superior, Cristo crucificado e, nas laterais, São Pedro e São Paulo.
O órgão barroco foi construído por Pedro de Echevarria, um dos principais construtores deste instrumento em toda a história espanhola
Para entrar, paga-se 6 euros e recebe-se um tradutor eletrônico com a história das arquiteturas de Juan e Rodrigo Gil de Hontañón, respectivamente pai e filho e que trabalharam nestas maravilhosas obras que ainda hoje podem ser admiradas.