Projeto de M. Dias Preto costura memórias que perpassam a vivência e resistência enquanto corpo fora da curva
Em exposição virtual, Campo de Passagem conta a história de um processo de investigações e memórias da perspectiva de um corpo dissidente. A abertura ocorre dia 12 de fevereiro, ficando disponível durante todo o ano de 2022 na Kuula, plataforma digital 3D onde os visitantes podem interagir com o espaço e as obras expostas. Visando a acessibilidade do público deficiente visual, as obras contam com audiodescrição.
No projeto, Matheus Dias ou M. Dias Preto assume distância da perspectiva branca e heteronormativa e retrata passagens históricas e biográficas que vão na contramão do apagamento colonial imposto sobre a população negra, indígena e LGBTQIA+.
A partir de intervenções manuais e digitais em imagens de arquivo familiar, o artista reafirma seu espaço enquanto potencial criativo através de aplicações, recortes de imagens, ilustração digital e processo de queima e costura sobre fotografia. A narrativa da exposição perpassa a sua infância, adolescência e vida adulta, onde se estabelece o real e o imaginário durante o processo de crescimento e individuação de um ser humano atravessado por homofobia, racismo e machismo.